segunda-feira, 12 de maio de 2008

Causas para os disturbios alimentares

Causas para os disturbios alimentares

As variáveis socioculturais interagem com o processo de desenvolvimento, porque é a sociedade que cria conceitos e preconceitos, sendo que estes influenciam o modo de pensar e agir do Homem. No caso da definição cultural do peso e da forma corporal ideal, esta tem variado ao longo dos tempos, existindo, actualmente, atitudes negativas relativamente a uma forma corporal gorda, o que pressiona o ser humano para a magreza e realização de dietas, principalmente as mulheres. Assim, há, nos dias de hoje, uma grande preocupação com a imagem do corpo, em especial na mulher ocidental, que se deve, em grande parte a factores como os estereótipos culturais, as modificações no ideal de beleza social, a massificação dos media, a glamourização da moda e a grandes transformações nas expectativas e papéis sociais da mulher, e leva, muitas vezes à insatisfação relativamente à imagem — “descontentamento normativo” —, o que pode influenciar o desempenho da mulher em várias situações. “(...) os estereótipos actuais em relação à aparência física contribuem para o aumento da bulimia nervosa” . Devido a este estereótipo, as mulheres mais atraentes são, normalmente, percepcionadas como mulheres que possuem mais capacidades, que têm mais sucesso e que são mais felizes. “Também a nível do mercado de trabalho, o estereótipo da aparência física influencia as decisões de contratação. Os indivíduos fisicamente mais atraentes têm mais probabilidades de serem avaliados como mais qualificados (...)”. O ideal de beleza, como já foi referido, variou ao longo dos tempos e tornou-se, actualmente, na imagem de magreza. Estudos realizados demonstram que a maioria das mulheres não possui o peso considerado ideal e que a insatisfação com o corpo é maior nestas do que nos homens.Para compreender melhor esta preocupação com a imagem é necessário ter em conta o papel que a beleza tem na vida da mulher. Alguns estudos demonstram que existe uma relação entre o comportamento alimentar e a percepção de feminilidade. É sugerido que uma mulher que come pouco é mais feminina e que, consequentemente, causa uma melhor impressão nos homens. Verificou-se que a bulimia nervosa aumentou consideravelmente na época em que a mulher abandonou o seu papel tradicional e procurou outros papéis sociais. Contudo, apesar de terem sido realizados estudos com vista a descrever e melhor compreender a relação existente entre a bulimia nervosa e feminilidade, não foi possível obter apoio empírico que comprovasse que a bulimia nervosa surge da procura de um ideal social estereotipado de feminilidade. A pressão cultural para a magreza exercida sobre as mulheres verifica-se com mais frequência em grupos, o que significa que as mulheres cuja profissão esteja relacionada com a imagem corporal (bailarinas, modelos, etc.) têm mais possibilidades de desenvolver distúrbios alimentares. Já no grupo de amigos pode acontecer que exista esta pressão ou, pelo contrário, exista uma protecção por parte destes. O preconceito contra os “gordos” constitui outra influência na ocorrência de distúrbios alimentares, já que as pessoas com uma forma corporal gorda são culturalmente associadas a um baixo estatuto social, à preguiça e descontrolo. Este preconceito inicia-se cedo, sendo possível verificar que já existe na escola primária ou até antes. Estudos demonstraram que crianças de peso normal e crianças obesas atribuem características negativas a pessoas “gordas”. Além da magreza existir como o ideal de beleza, passou a existir, também, como indicador de saúde, devido à mensagem negativa por parte dos médicos, relativamente à obesidade e consequente exploração desta mensagem pela “indústria do emagrecimento” — “magreza é saúde”. Outro factor sociocultural que muito influencia no aparecimento de distúrbios alimentares é a massificação dos media. Seja na televisão ou em revistas, verifica-se que há frequentes tentativas de “vender” imagens de corpos perfeitos, incluindo em artigos que mostram como alcançar a imagem ideal, muitas vezes através de “milagres”. Contudo, a mensagem que diz ao público que qualquer mulher pode obter o corpo perfeito apenas com autodisciplina e esforço, ou até sem ele, está errada, já que muitas mulheres não têm uma constituição genética que lhes permita ser magras. Quem está mais vulnerável à influência desta mensagem são as mulheres com baixa auto-estima e descontentes com a sua imagem. Estudos comprovam que existe uma relação entre a exposição aos media e a insatisfação corporal e patologias alimentares.


Aspectos Desenvolvimentistas

Desde a infância, raparigas e rapazes recebem diferentes imagens acerca do corpo através dos media, da família, dos amigos, etc., criando diferentes atitudes em relação ao corpo. “As raparigas tendem mais a percepcionar o seu corpo numa perspectiva estética e os rapazes a encará-lo numa perspectiva funcional e activa.” Ao contrário dos rapazes, as raparigas dão mais importância à imagem que passam aos outros, já desde a infância, o que torna a adolescência mais difícil para estas, o que é agravado pelo conjunto de mudanças que ocorrem neste período. Ao mesmo tempo que a adolescente valoriza muito a opinião que os outros têm de si, tem necessidade de compreender e conjugar as visões que tem de si mesmo, que podem ser confusas e paradoxais. A imagem corporal, nesta fase, torna-se muito relevante pois a adolescente dá extrema importância ao que os outros pensam de si e está mais vulnerável a outros factores como, por exemplo, as variáveis socioculturais. Contudo, observações clínicas mostram que alguns casos de bulimia nervosa começam já na vida adulta, o que revela a constante preocupação da mulher com o seu peso e imagem, independentemente da sua idade.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Como Comer



Roda dos Alimentos


Esta deveria ser a imagem que todos deveriam ter em casa. Saber o que se comer, e em que proporções o fazer é das coisas mais inteligentes que uma pessoa pode fazer. A roda dos alimentos tem uma função muito importante que é mostrar-nos o que comer, ela não foi criada por criar, ou porque apeteceu a alguém criar uma imagem redonda dividida em varias partes e com imagens de alimentos lá dentro, é lógico que haveria uma função para ela.
A roda dos alimentos está dividida em sete grupos e ao centro situa-se a água. De certeza que já muita gente se questionou pelo facto a divisão da roda nestes setes grupos não ser igual, a resposta a esta questão prende-se pelo facto de as dimensões apresentadas estarem de acordo com a quantidade em peso que estes alimentos devem estar na nossa alimentação diária. Logo por esta lógica temos: cereais e derivados numa proporção de 4 a 11; para os tubérculos hortícolas e frutas de 3 a 5; lacticínios 2 a 3; para as carnes, pescados e ovos de 1,5 a 4,5; para as leguminosas de 1 a 2; e para as gorduras e óleos 1 a 3. A água ocupa um lugar central devido ao facto de esta estar presente em todos os alimentos da roda, e também por ser um bem essencial á vida.
Não estamos com este texto a querer que as pessoas cumpram à risca todas estas proporções, mas sim fazer com que pelo menos parte destes alimentos entrem nas refeições diárias de cada pessoa, e assim terão uma alimentação equilibrada e saudável. Se isto for seguido não haverá nem gordas nem magras mas sim raparigas e rapazes bem constituídos. Ah! Mas não se esqueçam que um pouco de exercício todos os dias, durante meia hora, nem que seja subir e descer escadas ajuda a mantermo-nos saudáveis. Sigam estas instruções e terão as famosas “medidas ideais”.
Regras para uma alimentação saudável
1. Consumir alimentos de qualidade, ou seja, frescos e limpos;
2. Tomar sempre um pequeno-almoço equilibrado e variado;
3. Todas as refeições deverão conter alimentos dos vários sectores da roda dos alimentos, nas porporções indicadas por ela;
4. Ter uma alimentação o mais variada possível;
5. Comer várias vezes ao dia (3 horas e 30 minutos de intervalo entre elas), pequeno-almoço, merenda da manhã, almoço, lanche, jantar e, se for necessário, ceia. E reduzir a quantidade de comida ingerida em refeições como almoço e jantar;
6. Reduzir o sal utilizado nas refeições e na preparação das mesmas;
7. Não abusar da quantidade de açúcares ingeridos (bolos, refrigerantes...);
8. Evitar o uso de gorduras, tanto na preparação das refeições ou mesmo a dos próprios alimentos. Atenção ao sobreaquecimento dos polinssaturados;
9. Consumir muito leite e derivados, mas de forma ajustada;
10. Ingerir pelo menos três peças de fruta por dia;
11. Consumir em quantidades adequadas os produtos ortículas e legumes, tanto em saladas como em pratos;
12. Consumir sopa todos os dias;
13. Ter preferência pelo consumo de pão escuro (mistura de centeio e trigo) em vez de pão claro (trigo), como substituto das gorduras;
14. Consumir peixe pelo menos quatro vezes por semana, ou ao jantar ou ao almoço;
15. Evitar as bebidas alcoólicas a crianças, adolescentes, grávidas e aleitantes;
16. Beber muita água, tissanas ou outras bebidas sem calorias e sem minerais;
17. Comer em locais agradáveis e calmos, mastigando bem os alimentos.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Distúrbios alimentares na primeira pessoa


Relatos de pessoas que sofreram ou sofrem de algum tipo de Distúrbio Alimentar


“ Oi tenho muitos sintomas e admito que perder peso e tudo o que eu quero. O que tem de mal nisso? O mundo não quer saber de gordas! Vocês já viram alguma publicidade com uma gorda ser a rapariga bonita? Na publicidade de lojas não existem mulheres gordas? Seja pelo caminho da anorexia, da bulimia ou do hábito saudável de se alimentar, o importante é perder peso. Para mim a comida é um a inimiga e eu deixo de comer sim para me sentir bem comigo mesma. “
ASS: Ana.

Vários distúrbios alimentares

Distúrbios alimentares existentes


Anorexia Nervosa: A anorexia habitualmente tem início na adolescência, apesar de poder ter início num período anterior, a infância, ou posterior, aos 30, 40 anos de idade. Pensa-se que as raparigas oriundas de meios socio-económico-culturais mais elevados e diferenciados têm uma maior incidência desta perturbação, mas também as restantes podem vir a sofrer da mesma. Com frequência, outros membros da família já tiveram sintomas idênticos. Quase sempre, a anorexia tem início nas vulgares dietas que as adolescentes fazem. Cerca de 1/3 das pacientes com anorexia tinha peso a mais antes de iniciar tais dietas. No entanto, ao contrário das "dietas comuns", que terminam quando o peso desejado é alcançado, na anorexia a dieta e a perca de peso subsistem até que a pessoa atinge níveis de peso muito inferiores às esperadas para a sua idade. Embora o termo "anorexia" signifique "perca de apetite", o que se passa na realidade é que a pessoa com anorexia mantém o seu apetite normal mas controla drasticamente o mesmo.



Na anorexia podemos citar como sinais de alerta:
Preocupação por ser gordo(a) apesar da manutenção de um peso corporal normal (grandes preocupações com a estética);
Perda de uma quantidade significativa de peso corporal;
Peso corporal muito baixo para um bom desempenho atlético;
Preocupação com a dieta, contagem de calorias, preparo e ingestão de alimentos (grande preocupação com a restrição dos alimentos);
Necessidade compulsiva de realizar actividade física contínua e vigorosa que ultrapassa as exigências de treino para seu desporto específico (sempre acha que está acima do peso e precisa emagrecer);
Manutenção de uma aparência "magra" (peso corporal inferior a 85% do peso esperado);
Episódios esporádicos de exagero alimentar e de purgação (sentimentos de culpa);
Descontentamento com as partes corporais correspondentes ao dorso e às extremidades (várias áreas percebidas constantemente como "gordas" ou proeminentes).


Bulimia Nervosa: A bulimia, assim como anorexia é uma disfunção alimentar. Tem incidência maior a partir da adolescência e prevalência de 2 a 4%. Em 90% dos casos ocorre em mulheres. A pessoa bulímica tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um curto espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa.


Na bulimia, estes são alguns sinais de alerta:
Preocupação excessiva com o peso, a estatura e a composição do corpo;
Aumentos e perdas frequentes de peso corporal (devido a ingestão e logo após a purgação);
Idas ao banheiro após as refeições (para estimular o vómito);
Temor de não ser capaz de controlar a comida (medo de não ter auto controle sobre os alimentos);
Comer quando deprimido (uma forma de aliviar os problemas);
Dieta compulsiva após episódios de alimentação exagerada (se culpa pela ingestão dos alimentos, e tenta a qualquer custo se ver livre das calorias ingeridas);
Grandes desvios no humor, depressão, isolamento (devido a todos os outros factores apresentados);
"Orgias alimentares" reservadas, porém nunca comendo em excesso diante dos outros (devido ao sentimento de culpa e depressão comem até que não consigam ingerir qualquer outro alimento);



Ingestão Compulsiva: Embora este distúrbio alimentar não seja tema de ribalta ou tão conhecido, como a anorexia e a bulimia, ele existe.É natural que os adolescentes sintam fome, pois nesse período o apetite aumenta dado que o organismo reclama nutrientes para suportar o crescimento. Há, no entanto, adolescentes cujo apetite é tão voraz, que são incapazes de resistir à comida. Comem, comem, comem... sem parar. Qualquer motivo serve para devorarem mais um pacote de bolachas, batatas fritas... e quando se esgotam renovam-se até estarem empanturrados com uma sensação de total desconforto.Comem porque estão zangados, aborrecidos, magoados, stressados...Quem sofre de crises de voracidade alimentar alivia a tensão e conquista algum conforto através da comida, mas depressa emergem sentimentos de culpa e vergonha porque perderam o controlo. Surge também uma insatisfação com os quilos que se ganham, consequência óbvia da quantidade exagerada de alimentos ingeridos. A obesidade é uma característica comum a quem sofre desta desordem, o que leva ao desenvolvimento de problemas de saúde como hipertensão, dores articulares, dificuldades respiratórias.






Obesidade: Doença dispendiosa, de alto risco, crónica e reincidente; esta doença afecta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive crianças. Embora não seja nova, ela assume agora proporções epidémicas e está a aumentar exageradamente. Esta tendência é, sem dúvida, alarmante em virtude das doenças associadas à obesidade.
Ser obeso é ter uma doença crónica ocasionada por um excesso de gordura corpórea. A obesidade é identificada quando há um desequilíbrio energético, ou seja, a energia ingerida (a quantidade de calorias que nós ingerimos) é maior do que a energia dispendida (número de calorias usadas pelo nosso metabolismo, durante actividade física e na formação de calor) por um longo período de tempo. De acordo com as tabelas da Metropolitan Insurance Life Company (Nova York, EUA), uma pessoa é considerada obesa quando seu peso for no mínimo 20% maior do que o considerado ideal para sua altura.







A obesidade é:
-Excesso de gordura corpórea.
-Doença crónica multifactorial e que requer tratamento médico.
-Consequência do excesso de ingestão de gordura proveniente dos alimentos.
-Doença epidémica.
-É uma condição associada, sem dúvida a outras doenças e à diminuição da qualidade de vida.
-Significativa grande responsabilidade pelos custos do sistema de saúde.





Ortorexia: A Ortorexia é uma doença que se caracteriza por uma preocupação exagerada por alimentos naturais e saudáveis. São exemplos de alimentos naturais os vegetais, os cereais, as frutas e outros que sejam cultivados através da agricultura biológica, ou seja sem tóxicos. Ao invés do que acontece com distúrbios como a bulimia ou a anorexia que a preocupação principal é o controlo do peso com a Ortorexia a principal preocupação com a qualidade dos alimentos que consumem. Uma pessoa com este problema ocupa a maioria do seu tempo com a preparação dos alimentos chegando mesmo a não comer por não conseguirem encontrara e preparar os alimentos. Ao deixar de comer certos alimentos, que não são substituídos por outros não adquirindo desta forma os nutrientes necessários ao organismo.
Os principais problemas que advém de este tipo de distúrbio são: anemia, carência vitamínica e problemas de âmbito social, como afastar-se do grupo de amigos.
Embora ainda não seja reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde, mas esta tem vindo a ser motivo de debate entre os especialistas em comportamentos alimentares.


Os ortoréticos só comem os alimentos que:
- Não possuem aditivos, corantes, conservantes, etc.
- Não forem cultivados com pesticidas ou desinfectantes.
- Não possuem gorduras animais.
- Tiverem um rótulo que indiquem que são biológicos.






Desnutrição: A desnutrição é uma doença causada por dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica; também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de factor social, psiquiátrico ou simplesmente patológico. Acontece principalmente em indivíduos de baixa classe social e principalmente as crianças de países subdesenvolvidos. A causa mais frequente da desnutrição é a má alimentação pela pobreza. Ainda, outras patologias podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação (disfagia) e causar a desnutrição.


Sintomas e outros sinais de alerta:
- Emagrecimento
- Cuidado excessivo com a alimentação
- Desculpas para não comer ou comer sozinha
- Isolamento, alterações de humor e Agressividade
- Excesso de exercício físico
- Vómito e uso de laxantes
- Atitude demasiado crítica quanto à sua imagem
- Perda da menstruação


Anemia: anemia é a falta de células snguíneas vermelhas e/ou hemoglobina (é a proteína que carrega oxigénio nas células vermelhas do sangue e é o pigmento que dá cor aos glóbulos vermelhos/eritrócitos). Essa falta de células provoca a redução da capacidade do sangue transferir oxigénio para os tecidos, pois a hemoglobina tem que estar presente para garantir a oxigenação adequada de todos os tecidos do organismo.



Os sintomas da anemia são vagos mas o mais comum é a sensação de fraqueza ou fadiga e em casos mais graves, falta de ar. Em situações mesmo severas o organismo tem uma resposta compensatória na qual o trabalho cardíaco é aumentado, levando a palpitações e transpiração, este processo pode ocasionar falha cardíaca em idosos, também é notável palidez.


O hemograma é o exame fundamental para o diagnóstico da anemia. A única forma de diagnosticar a anemia é através de exame de sangue, geralmente é feita uma contagem completa do sangue que, além de mostrar a quantidade de células sanguíneas vermelhas e nível de hemoglobina também mede o tamanho das células vermelhas, o que é importante para distinguir entre as causas da anemia. Por vezes é necessária a realização de outros exames para distinguir a causa, através de exame microscópico do esfregaço sanguíneo é possível classificar a anemia pelo tamanho ds células. O tamaho é reflectido no volume corpusculr médio:


Se as células forem menores que o tamanho normal, é dito que a anemia é microcítica


Se as células têm tamanho normal, é normocítica


Se as células forem maiores que o tamanho normal, é macrocítica ou megalobástica


Tipos de anemia:


*Anemia microcítica: o tipo mais comum de anemia é o decorrente de deficiência de ferro (este contitui uma parte essencial da hemoglobina e baixos níveis desse mineral resultam em incorporação diminuída de hemoglobina em célula vermelha) e ocorre quando o consumo na dieta ou absorção de ferro é insuficiente.


*Anemia normocítica: pode ser causada por perda de sangue aguda, doença crónica ou falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas.


*Anemia macrocítica: a causa mais comum deste tipo de anemia é a defeciência de vitamina B12 e /ou ácido fólico, devido á ingestão inadequda ou absorção insuficiente. O alcoolismo pode causar anemia macrocítica.


Anemias por defeitos ganéticos:


*Anemia de células falciformes *Talassemias *Esferocitose *Deficiência de glicose


Anemias por agressão periférica aos eritrócitos:


*Malária *Anemia hemolítica imunológica *Anemia por fragmentação dos eritrócitos


Anemias decorrentes de doenças da medula óssea:


*Anemia aplástica *Leucemias e tumores na medula


Tratamento da anemia por carência de ferro: Uma vez instalado este tipo de anemia, deve-se tentar corrigir os valores de ferro através do uso de ferro medicamentoso. O sulfato ferroso é o sal mais indicado pela sua absorção e baixo custo. Em caso de perda crónica de sangue, tem que se identificar e tratar a causa.


Para as crianças, a dose de ferro para o tratamento é de 3 mg/dia. Embora a melhora clínica e normalização das concentrações de glóbulos vermelhos e de hemoglobina ocorram precocemente com a reposição de ferro, a dose terapêutica deve ser mantida por 3 a 4 meses para a reposição dos valores.


Para os adultos, a dose terapêutica é de 60 mg de ferro elementar, o que corresponde a um comprimido de 300 mg de sulfato ferroso.


Devem ser tomados alguns cuidados para maximizar a absorção de ferro:


*Ingestão 30 a 60 minutos antes das refeições *Não diluir o medicamento em nenhum líquido *Ingerir sumo de frutas cítricas após o uso do medicamento


Caso essas medidas não resultem, pode-se substituir o sulfato ferroso pelo gliconato ferroso mas, devido ao seu menor conteúdo de ferro, exige um tratamento mais prolongado.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tratamento dos diferentes tipos de Distúrbios Alimentares




Tratamento dos Disturbios Alimentares






Os distúrbios alimentares são multideterminados. Factores culturais, individuais e familiares contribuem para o seu desenvolvimento, de diferentes formas, em indivíduos diferentes.O tratamento do distúrbio alimentar é complexo, moroso e especializado, reconhecidamente difícil, em que a eficácia do protocolo terapêutico depende da existência de condições adequadas e de uma equipa multidisciplinar que funcione de forma a lidar, eficazmente, com os aspectos psicológicos, psiquiátricos, médicos e sociais destes distúrbios.A intervenção terapêutica mais validada empiricamente e com melhores resultados terapêuticos (diminuição da sintomatologia e diminuição da taxa de recaída) é o tratamento cognitivo-comportamental. O modelo conceptual subjacente permite uma compreensão e formulação dos distúrbios alimentares, com base na natureza interactiva dos vários factores de risco, precipitantes, manutenção e de protecção.O tratamento cognitivo-comportamental em termos gerais, faz-se em três etapas:Primeira - recuperação do peso e regularização do padrão alimentar;Segundo - reestruturação cognitiva;Terceira - prevenção da recaída.As decisões relativas ao tratamento, em cada etapa são tomadas de acordo com alguns critérios fundamentais:-Idade da jovem;-contexto da vida actual;-duração e evolução do distúrbio;-sintomatologia actual;-tratamentos anteriores;-personalidade prévia (depressão, problemas do controlo do impulso, etc.);-estado físico.Habitualmente o tratamento cognitivo-comportamental é feito em regime de ambulatório, podendo em determinadas situações específicas (ex., perda de peso progressiva e acentuada com sérias complicações físicas, existências de índices elevados de psicopatologia, etc.) ser necessária a hospitalização.


Tratamento da Anorexia Nervosa









Hidratar novamente o organismo, começando a alimentação por ser à base de líquidos e soros e ir aumentando gradualmente a consistência dos alimentos ingeridos.
A pessoa em tratamento devera reaprender a conviver com os outros durante as refeições, assim como ir ao supermercado, festas, ir as compras, enfim voltar a lidar com o mundo da comida novamente.
A imposição da ingestão de comida só deverá ser impostas em casos muito graves, quase em perigo de morte.
A psicoterapia é uma das terapias mais importantes no tratamento.
A família do doente deverá também participar em terapias de grupo para depois o poder ajudar no seu ambiente familiar.




Tratamento da Bulimia Nervosa







O diagnóstico precoce deste distúrbio é o melhor tratamento. Quanto mais tempo durante este tipo de distúrbio alimentar mais difícil será o seu tratamento. O incentivo e o apoia da família e amigos do paciente podem ter um papel muito importante no êxito do tratamento. Este tratamento envolve uma variedade de especialistas: um clínico, um psiquiatra, um nutricionista, um terapeuta individual, de grupo ou familiar.



Tratamento para a Ingestão Compulsiva


O êxito do tratamento deste distúrbio alimentar também é o diagnóstico precoce. E necessário um tratamento abrangente, são necessários um clínico, um nutricionista ou um terapeuta, para dar apoio emocional constante, durante o qual o paciente começa a entender a doença de uma forma de terapia que incide em alterar o pensamento e comportamentos anormais.







Tratamento para a Obesidade



As formas de tratamento normalmente mais utilizadas são duas: um plano alimentar com restrição calórica, combinado com uma actividade física adequada ou o plano alimentar com restrição calórica e a actividade física, combinadas com terapêutica com medicamentos.





Tratamento para a Desnutrição




O tratamento é multidisciplinar, isto é, envolve a recuperação do peso normal no domínio médico, a eliminação das causas psíquicas através de apoio psicológico e a prevenção da recaída, sobretudo pelos familiares mas com apoio de psicólogos. Em casos graves pode ser necessária hospitalização.
Contudo, todos eles podem ser tratados com sucesso, com competente cuidado médico e/ou psicológico, incluindo-se a hipnoterapia.



Tratamento para a Anemia


Uma vez instalada a anemia ferropriva, deve-se corrigir o déficit e repor os estoques de ferro através do uso de ferro medicamentoso e, em caso de perda crônica de sangue, identificar e tratar a causa. O sulfato ferroso é o sal mais bem indicado por sua boa absorção e baixo custo.
Para as crianças, a dose de ferro para o tratamento é de 3 mg ∕Kg ∕dia. Embora a melhora clínica e a normalização das concentrações de glóbulos vermelhos e de hemoglobina ocorram precocemente com a reposição de ferro, a dose terapêutica deve ser mantida por 3 a 4 meses para a reposição dos estoques de ferro. Alguns cuidados devem ser tomados para maximizar a absorção do ferro, como a sua ingestão 30 a 60 minutos antes das refeições, não diluir o medicamento em nenhum líquido e ingerir suco de frutas cítricas após o uso do medicamento.
Para os adultos a dose terapêutica é de 60mg de ferro elementar, o que corresponde a um comprimido de 300mg de sulfato ferroso.
O sulfato ferroso pode trazer alguns inconvenientes com o seu uso como náuseas, indisgetão, constipação e diarréia que, em geral, são proporcionais a quantidade de ferro ingerida. Pode-se tentar solucionar esse problema através de um aumento gradativo das doses e do escalonamento nas doses ao longo do dia. Caso essas medidas não resolvam, pode-se substituir o sulfato ferroso pelo gliconato ferroso, entretanto, devido ao seu menor conteúdo de ferro elementar exige um tratamento mais prolongado.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Como tudo começa...

Como tudo começa...



Todos nós comemos, não só porque necessitamos de o fazer, como também porque nos dá prazer. No entanto, como em qualquer comportamento humano, o modo de nos alimentarmos varia grandemente de pessoa para pessoa. Algumas pessoas comem mais, outras menos; algumas engordam com facilidade, outras não. Mas algumas pessoas chegam ao extremo de se magoarem a si mesmas, comendo em excesso ou restringindo a sua alimentação de uma forma abusiva. Nestes casos, podemos falar, respectivamente, de bulimia nervosa e anorexia nervosa.Distúrbios alimentares são doenças psiquiátricas, estando na sua origem a interacção de factores psicológicos, biológicos, familiares e sócio-culturais. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar.Eles ocorrem predominantemente nos países industrializados, afectando sobretudo os jovens adolescentes.


Dos vários distúrbios alimentares existentes destacamos a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa, a Ingestão Compulsiva, a Obesidade, a Ortorexia, a Desnutrição e a Anemia.